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2 de mai. de 2011

Uma Nova Chance...


Uma Nova Chance...

“Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram.” (Voltaire)

Minha filha mais velha começa o processo de sair da infância para entrar na adolescência.

E entre uma das primeiras coisas que me fez perceber isso é que ela começou a escrever um “Diário”.

O tal “Diário” das meninas sempre me foi intrigante, pois pensava:

- Se é segredo, porque colocá-lo no papel, onde, por mais que guardemos o “Diário”, corremos o risco de alguém encontrar e ler?; e

- Se não é segredo, porque não conversar com alguém sobre o assunto, escolhendo como confidente um “papel frio” ao invés de alguém com quem possamos conversar sobre o assunto?

Pois passado alguns anos, com uma experiência de vida maior, ao ver a minha filha escrever o seu Diário, voltei a pensar refletir sobre o assunto, e cheguei à seguinte conclusão:

- Posso falar alguma coisa do “Diário”, se eu faço o mesmo nesse “Blog”?

Pois bem, ao chegar nesse ponto, o que quero dizer é que como podemos criticar alguém por uma atitude ou por uma palavra pronunciada num pensamento, se temos atitudes bem semelhantes em situações parecidas?

E, ao sermos seres imperfeitos, sujeitos a termos erros em nossas vidas, como podemos afirmar que uma pessoa está errada na sua forma de agir, quando o tempo poderá provar no futuro que o erro é nosso?

Assim, entendo que por mais que um pensamento ou uma atitude dum semelhante possa vir a machucar nossos sentimentos num primeiro momento, devemos sempre parar para refletir, pensando se numa situação equivalente teríamos uma reação diferente, e principalmente lembrar que também estamos sujeitos a erros em nossas vidas...

Parando para realizar tal reflexão, ao acalmarmos os ânimos, veremos que vale a pena deixar para lá, e continuarmos a ter um convívio pacífico com aqueles que fazem parte da nossa vida naquele momento.

Agindo assim, possibilitamos que a pessoa que achamos que errou num pensamento ou atitude possa, às vezes num futuro próximo, nos ajudar, seja através de uma mão estendida ou de uma palavra de apoio, numa adversidade que possamos ter que enfrentar em nossas vidas...

E, agindo da forma que me expressei nesse pensamento, acredito que a nova chance para a pessoa possibilite muito mais uma NOVA CHANCE de sermos uma pessoa melhor...

Diante de tudo isso, apoiarei cada vez mais a minha filha a escrever o seu “Diário”.

Abs.,

Glauco

“A sabedoria de um homem não está em não errar e não passar por sofrimentos, mas no destino que ele dá aos seus erros e sofrimentos.” (Augusto Cury)

2 comentários:

Jackie Freitas disse...

Olá Glauco, meu amigo!
Meu querido, sorry, mas não entendi bem a sua reflexão de hoje...rsrs... Entendi o que escreveu, mas não percebi a origem dessa reflexão. Todos nós temos nossos segredos, mesmo que por um tempo, ilusoriamente, achemos que não os compartilharemos com ninguém. "Escondemos" as palavras, mas não fazemos o mesmo nas atitudes. De algum modo sinalizamos que estamos inquietos, com dúvidas ou até mesmo tristes...
Não acho que seja uma questão de falta de confiança, mas uma necessidade própria de termos nossos momentos... Você, ao publicar no blog alguns de seus pensamentos, os compartilha com pessoas desconhecidas e conhecidas, mas isso representa que pessoas próximas a você não sejam dignas de sua confiança... A adolescência tem os seus mistérios...rsrs...e esse é só o começo da história. O importante é que o coração de sua filha não tenha chaves...este, sim, deve estar aberto e acessível para vocês, pais... O diário é apenas uma das muitas fases pelas quais ela passará, não se preocupe...rsrs...
Grande beijo,
Jackie

Kassya Mendonça disse...

Glauco,

rsrs...esta é uma fase boa de tua filha, curta e acima de tudo respeite o espaço que ela está criando; o caso não é esconder ou não, mas criar espaço, mostrar algo como "olha eu tenho meus momentos sozinha, preciso que voces me entendam, eu estou crescendo"; minha filha teve um diário, apesar da curiosidade, nunca olhei ou li, mas aqui em casa sempre demos a liberdade dela falar o que queria, fazer perguntas e se abrir; nunca precimos interferir nas ações e atitudes dela.
Quem sou eu para condenar ou criticar um diário?
rsrs...durante anos guardei meus poemas e pensamentos em diários (rsr agendas velhas que viraram diário).
Querido sei que esta é uma fase de transição e como pais temos nossas duvidas e também aquela vontade de interferir, pois afinal percebemos que aquele pedacinho de gente que nos tinha no centro de suas vidas esta mudando, já não somos o centro de seu universo, eis aqui que surgiu um amigo "diário", que merece os segredos, as confabulações, os desabafos; e nós estamos sendo colocados ao lado. È duro se reconhecer mais nossos bebês estão abrindo as asas e logo voaram sozinhos. È normal nos sentirmos um pouco excluidos e neste caso ter uma certa potinha de ciumes ou raiva do tão famoso "diário", afinal ele está tomando um tempo que antes era só nosso.

Beijos,

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